pedro ortega: ‘demorei sete meses até fazer meu primeiro saque como apostador’

Redação

Geral Joga inaugura nesta quinta-feira (27) uma coluna com apostadores lucrativos que vão contar um pouco de sua vida, sua experiência com apostas, mercados em que mais se destacam, dicas para quem está começando e muito mais! Fique ligado!

Sou Pedro Ortega, tenho 32 anos, natural do Rio de Janeiro, e vivo de apostas esportivas desde os 25. Há três anos abrimos o Ortega Tips, que hoje é a maior consultoria do país.

No meu início, demorei em torno de sete meses para fazer o meu primeiro saque. Antes disso, eu só depositava. Aí eu falava: “Pô, não é possível que eu não vou conseguir viver disso enquanto outras pessoas conseguem…”. Eu aprendi com algumas pessoas que a chave para você ganhar dinheiro é o controle, o emocional, a responsabilidade com o seu dinheiro. Você realmente fazer as contas certas, apostar quando estiver com a cabeça boa… Foram sete meses perdendo dinheiro até conseguir ter lucro e pensar: “Opa, acho que consigo fazer isso aqui dar certo”.

Vou contar um pouco da minha história para vocês. Antes de ser apostar profissional, eu joguei futebol profissional. Morei em cinco países – o primeiro deles com 14 anos. Larguei o futebol aos 21. Aí trabalhei na empresa do meu pai, que era no ramo de reciclagem. Depois trabalhei no ramo de mercado imobiliário, fazendo financiamentos. E aí quando eu vi que as apostas estavam dando mais dinheiro do que qualquer outra coisa, eu larguei tudo.

O tempo que eu me dedico por dia depende muito. Dia com muitos jogos eu chego a me dedicar cerca de 8 horas. Tem vezes que eu sento em frente ao computador e à televisão às 16h para assistir futebol. Aí assisto o jogo das 18h e das 20h. São seis horas seguidas, fora as 2h de análise pela manhã.

Eu não gosto de pegar estatísticas muito longas. Pensar: “Ah, dez confrontos atrás esse time ganhou isso, isso e isso”. Não gosto de pegar. Gosto de pegar as estatísticas recentes. E muita coisa vem do que aquele jogo importa. Por exemplo: jogos de ida de fase de mata-mata têm a tendência a ser um pouco under, então eu já gosto de entrar em under. Jogos de volta têm a tendência de ser um jogo de mais gols, porque os times se atacam para buscar algum tipo de resultado. Então isso depende muito. Eu gosto muito de apostar em “live”. Hoje, eu tenho que mandar um pouco de “pré-live” por conta do Ortega Tips ser uma empresa onde as pessoas querem ver qual foi a aposta do jogo do dia. Então tenho que mandar aposta de manhã para o jogo da tarde ou da noite. Mas eu, como apostador profissional, aposto muito em “live”, vendo o que está acontecendo no jogo sem pensar muito no que aconteceu em dez jogos para trás.

O mercado que eu mais gosto de apostar é o de gols. Over gols primeiro tempo, over gols segundo tempo também eu gosto muito. Gosto mais de apostar em over gols no segundo tempo quando a linha sobe para 1.72. Na maioria dos jogos, ali aos 25, 27 minutos do segundo tempo, essa linha tá em 1.72, 1.75, e aí eu gosto muito de entrar nessa linha de jogo. Dependendo, claro, de como está o jogo, se está movimentado, se os dois times estão atacando…

Hoje o Ortega Tips está girando com 14 grupos. Tem grupo de todos os esportes, né? Cada um tem um responsável com mais uma galera embaixo deles. Eu mando muitas dicas de futebol, basquete e futebol americano. Aí tem grupo de cavalo, de galgos, de performance – que são cartões, chutes a gol… O Ortega Tips tem hoje mais de 25 pessoas.

Não tem como controlar o surgimento de novos tips, né? A cada semana nasce um “tipster” novo. O problema é que a pessoa que vai comprar, que vai consumir um grupo desses, ela precisa ter um pouco mais de noção do que que ela está comprando. O que a gente mais vê hoje são apostadores fracassados. A gente tem alguns grupos bons no Brasil, tá? A gente tem aí uns sete, oito muito bons tipsters, mas também tem muita gente que não consegue entregar resultado.

As críticas sobre apostas esportivas é algo que a gente precisa saber lidar. Aqui na Ortega Tips meu foco é tirar esse rótulo de que apostar é uma coisa horrível. Porque quando você fala de aposta, você lembra de vício: “Ah, meu tio perdeu tudo com aposta…” Só que antes desse mundo de aposta esportiva, as pessoas podiam perder tudo em aposta também, tá? Não é segredo nenhum que tem jogos de rua aqui, no Rio de Janeiro, o tempo todo. A pessoa pode apostar em cavalo, que é algo que nunca acabou. Então o vício, em qualquer coisa, é ruim. Você tem muitas pessoas hoje que se perdem por conta de bebida, e a bebida está sendo vendida legalmente. Se perdem para o cigarro, e o cigarro está sendo vendido legalmente, tudo que é vício é ruim. Então se você for viciado em aposta, vai ser horrível pra você. Quantas pessoas perderam dinheiro com ações, com opções, por não saberem se controlar emocionalmente? O problema é que você fala hoje em aposta e ele parece o maior vilão de tudo. O maior vilão de tudo é o vício, é a sua cabeça, porque você não conseguiu se controlar.

Minha principal recomendação para quem está começando a apostar é o que eu sempre falo: coloca o dinheiro que você possa perder. Então, por exemplo: se você tem o dinheiro ali do combo (de bebida) do final de semana, que era R$ 150,00, e você não vai sair de cassa, começa apostando R$ 150,00. Mas não faça igual eu fazia, que era pegar os R$ 150, fazer três apostas e perder tudo. Pega R$ 150 e divide. Começa assim por dois, três meses. Vai apostando de R$ 10 em R$ 10. No ruim, no ruim, coloca 10% do capital em cada aposta. Vai diversificando, com calma. A principal orientação é: paciência. E calma. E só colocar o dinheiro que você possa perder. O dinheiro que seria de uma bebida sua ou de uma camisa que você queira comprar. Então é só colocar pouco dinheiro, e um dinheiro que não vai te machucar se você perder.

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